quarta-feira, 28 de setembro de 2011

É noiz, Queiroiz!





Sempre achei que quem escreve bastante, escreve melhor. Mudei minha opinião depois do surgimento das Redes Sociais, em especial o Facebook e o Twitter. É impressionante como as pessoas escrevem errado, cometem erros primários e assassinam a língua Portuguesa sem o menor remorso.

Ok, eu sei que a educação é deficiente no Brasil. Mais de 50% da população brasileira é composta por analfabetos funcionais, que sabem ler e escrever, mas possuem dificuldades em interpretar textos e pouquíssima habilidade de escrita. 

Mas o que eu tenho visto ultimamente nas redes sociais em que participo são os erros cometidos por advogados, jornalistas, técnicos, pessoas que eu sei que tiveram um estudo teoricamente melhor, ou que, pelo menos, tem acesso à informações, livros, jornais, revistas e, principalmente, dicionários. E não são errinhos bobos, de digitação. Estes são fáceis de perceber, e cometer. Falo de erros como "cançada", "concerteza", "simplismente", "deichar", "ancioso", "encomodar" e por aí vai.

Não sei você, mas eu não consigo mais me concentrar na mensagem quando vejo um erro desses. 
O "concerteza" chega a me dar arrepios. Nem vou falar aqui do "É nóiz", por que acho que só pode ser zoação mesmo alguém escrever isso. Nem levo à sério. 

Há um tempo atrás o MEC aprovou a distribuição de um livro didático (?) que enfatiza que a linguagem coloquial, popular, não pode mais ser considerada certa ou errada, e sim, adequada ou inadequada.
A autora do livro Por uma vida melhor, Heloísa Ramos, defende a ideia de que está tudo bem em falar e escrever errado, pois utilizar o Português correto é um instrumento de dominação da classe rica sobre a pobre, e que ao utilizar a linguagem popular (ex.: Nós pega os peixe) você pode sofrer preconceito linguístico. Ah, meu Deus, que papo brabo de engolir, hein, minha Senhora?! 

Preconceito é achar que os outros não tem capacidade de aprender. Ensinar a língua pátria correta não é crime, e aprendê-la, muito menos! Discriminação é criar uma norma que diz que o aluno não pode mais ser corrigido, com a justificativa lunática de que isso lhe causaria transtornos.

Eu sei que muita gente tem dificuldade com o Português, porque não é uma língua fácil mesmo. São muitas regrinhas, crases, porque, por que, por quê e bla blá. Por isso certos erros são "engolíveis". Mas outros não. Principalmente se são corriqueiros, vindos de pessoas, como eu já disse, que tem acesso à informações e dicionários. 

Falta leitura, falta atenção, falta vontade. E dou a dica. Escrever errado é broxante! É pior que calcinha bege e cueca de cetim.

E é sempre desejável procurar melhorar, né?



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